Perigo
.
.
.
Ele está num sítio só de sons
e compreende o fim da inocência.
Sente aquele olhar desviar-se do seu
e sabe que algo morre.
Um pressentimento percorre-lhe a memória
e por momentos pensa que cegou
estando como está num sítio só de sons.
Diz para si
que de nada serve temer o perigo
e deita-se ao longo do medo.
Uma força
de súbito sobe medo acima
virando-lhe o corpo para o lado do vento.
Ele deixa que o vento o levante
e o leve.
#44. José M. Rodrigues, fragmento de fotografia.
5 comentários:
Passei e gostei.
Gosto do POEMA.
Fotografia não sei . ... ... .. . ....
Eu também gostei.
Como sempre, quero mais um.
Até breve.
Patas,
A fotografia não é má, não sejas inconveniente!!!
Pilar,
Obrigado pela 'visita'.
Logo que possa, trago outro post.
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