Sei
.
.
.
Sim, guardo os séculos
que os teus dedos teceram.
Conservo as tuas flores
nas casas decepadas,
varandas atiradas contra o vento,
portas abertas à terra
à nascente dos rios
aos caminhos
que os teus passos percorreram.
Sei agora que nunca morreste,
vejo os teus olhos antigos de menina
adormeço no teu vestido frio.
#29. Laszlo Moholy-Nagy, fragmento de fotografia