terça-feira, fevereiro 17, 2009

De noite

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Enfrentas os olhares
com o teu sorriso de presença,
rosto virtual do teu anonimato,
a máscara do medo.
Talvez por isso chores quando chove
e o céu pesadamente se transforma
no telhado opaco da paisagem.
Talvez por isso grites
no silêncio das noites,
como se escorresse chuva
do teu próprio peito.

Dorme,
deixa o pensamento flutuar
na memória dos sons.



#38. Hans Hartung, fragmento de desenho.

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