sábado, outubro 21, 2006

Perguntou muitas vezes

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Perguntou muitas vezes 
porque corres
porque não escutas a terra.
Se eu aprendia ficava contente
brincávamos meninos toda a vida.

Naquele dia 

estendeu-se comigo no chão

juntou os seus olhos aos meus.

E os séculos irromperam pela casa
e selaram o seu corpo
e o seu corpo para sempre disse:
não esqueças.


#1. Giotto, fragmento de fresco.

6 comentários:

Anónimo disse...

"Viajeii" como dizem os nossos amigos brasileiros!
Mas viajei mesmo!

Obrigado!
E de repente a internet voltou a ficar interessante outra vez!
:-)

Anónimo disse...

Obrigado, Mister, pelo comentário, o primeiro deste meu blogue recém-nascido.

Anónimo disse...

Um blogue de sonoridades poéticas? Nasceu um poeta na blogosfera ou estava simplesmente escondido?
Bem precisamos de contrapontos a esta sociedade neoliberal para onde nos empurram.
Para além do déficit há mais vida : poesia sempre

Fiquei com muita expectativa!

Victor L. disse...

Obrigado, Mariana.

Anónimo disse...

Mais um dia,
mais um poema,

Obrigado Victor

armandina maia disse...

E eu que já andava aflita por não correr sangue novo nas veias destas vias...
Bonstextos, boas imagens, bom gosto e nem sempre bom senso, que não foi para isso que se fizeram os blogues (de politicamente correcto andamos todos fartos, não é?).
PARABÉNS. Muitos.
armandina