quarta-feira, setembro 12, 2007

Mil anos

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Vou dizê-lo agora,
eram belos os sons que brincaram contigo
e os céus que brilharam nos teus olhos.
Vou dizer que o sol se demora na janela
à espera que o acolhas de manhã
e que o riso vagueia pela casa
à espera que o habites como outrora,
quando não havia espinhos no silêncio.

Mil anos depois,
só eu sou visitado certas noites
pelo anjo que viveu em ti,
rumor de asas mansas
luz que permanece.


#21. Albrecht Altdorfer, fragmento de pintura.

2 comentários:

Anónimo disse...

Eu vou dizê-lo agora:
Obrigada, POETA.
Sempre a espera de mais um.

Anónimo disse...

Obrigado Marga, pelo comentário.