Agora vai
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Agora vai.
Pega ao colo o que herdaste
a cor do rosmaninho
o cheiro das maçãs
e vai.
Se subires ao alto do vento
entras no inverno com a mansidão dos livros.
Deixa a chuva escorrer pelos teus medos
estende os braços às sombras transeuntes
e abre o teu sorriso.
Segue a rota dos barcos de papel,
as asas das gaivotas e dos corvos,
a ponte verdadeira.
Despede-te de nada
e caminha.
Observa o rio,
as suas águas correm para o teu olhar.
#8. Edward Steichen, fragmento de fotografia.
6 comentários:
Vai e não vás,
recebe todas as cores, abandona-te
a ti próprio e não te abandones, como se o caminho não tivesse fim e tivesse fim.
Vai pela ponte verdadeira.
(é belo o poema! que me perdoe o autor a insensatez de ter citado algumas das suas palavras fora do contexto)
Obrigada por mais UM poema.
(Gostava um dia encontrar a ponte verdadeira).
Que bom ter feito uma pausa para visitar este sítio e este poema. Por ele visitei-me a mim própria e sei onde está a ponte verdadeira. Embora ainda não a consiga ver, as rotas estão por aí, todos os dias.
Cada ser é uma ponte verdadeira - a sua ponte.Visível em dias de olhar claro sobre o rio cá dentro.
Obrigada
dá vontade de ir mesmo... em frente, fazendo o caminho que nos cabe!
Até sempre
obrigado,
é uma dávida,
patas
obrigado,
é uma dávida,
patas
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