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Ao terreiro deserto desce a lua
estende no chão
a verdade tão pura
tão inesquecida.
Mãos sozinhas
cavaram o caminho por dentro
das trevas
ergueram a voz
que a palavra esperava.
Um anjo
pareceu atravessar
o curto instante,
afrontou talvez
o esquecimento.
#27. Cima da Conegliano, fragmento de pintura
4 comentários:
Cumprimentos por mais um belo poema.
Entro no terreiro. Neste poema a claridade das palavras parece-me perfeita.
sozinhas n leva acento, meu caro...
Sozinhas ou suzinhas ou sózinhas, a verdade é que 'as mãos' da memória têm queda para subverter e volta e meia até lhes dá para transgredir.
Quanto ao erro ortográfico, ainda vai tornar-se um passatempo de luxo. É só a gente querer, sumptuosa ou suntuosamente, meu caro anônimo.
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